2011-02-05

Labirinto


Perdi-me, num labirinto sem resolução.
Somei o verde aguarela dos teus olhos com o sorriso radiante que apresentas e um novo sentimento nasceu em mim.
Fiquei presa nos teus braços, sem o quociente da equação, entre parcelas e números sem significado.
Fui assaltada por um sentimento neutro, que deixou a zero qualquer hipótese de te esquecer.
Meu coração se repartiu por quadrículas de ti.
Meu lápis e minhas canetas deixaram de rabiscar, para passar apenas a desenhar-te.
Minha imagem no espelho era semelhante à tua e o reflexo no rio não mais me mostrava.
Eu vivi-te intensamente, entre as linhas que tu traçavas.
Fui sugada pelas areias movediças do teu mundo.
Calculei a raiz quadrada do teu coração e tentei retirar o parêntesis que nos separava.
Aproximei-me de ti, em passos minúsculos, quase sem me mover, ao contrário da maneira brusca como mudaste a minha vida.
O meu amor por ti continua a ser infinito, nem que o dividas por todos os corações existentes à face da Terra.
E se o multiplicares, este Mundo passa a ter forma de um coração.

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